domingo, 13 de setembro de 2009

Um herói e uma azeitona

Ontem estive bem próxima do outro mundo.Ainda consegui vislumbrar umas luzes a virem na minha direcção. Engasguei-me com uma azeitona, ora o que já de si é ridículo até porque não tinha caroço.

Segundo relatos próximos, o meu rosto ruborizou e chegou mesmo a ficar roxo durante alguns segundos. Estava a sufocar literalmente. Mais uns segundos e a minha vida findava ali, numa mesa de bar, com um fino à frente e um pires de azeitonas. Bonita imagem!

Fui salva a tempo por um amigo que fez a Manobra de Heimlich. Esse método fantástico que data de 1974 e que tem o nome de um estudante de medicina. E a manobra resultou à primeira, felizmente. Devo-lhe a vida. Segundo ele, as pessoas que salvam outras sentem-se responsáveis pela sua segurança para o resto da vida.

A partir de ontem, para além da dívida que tenho para com esse amigo, passei a fazer anos duas vezes ao ano. Tal como as pessoas que sobrevivem sem explicação a acidentes graves ou ataques terroristas.

Será preciso uma azeitona para darmos valor à vida?

2 comentários:

Clay Datsusara disse...

Não resisto a encontrar referências literárias na vida. Este foi um momento Choke.
Assustaste-me rapariga. Mas tudo está bem quando acaba bem!

Cátia Castro disse...

Já passou! Agora só tenho oito vidas e uma moeda da sorte!