quarta-feira, 29 de julho de 2009

Estados de sonolência e estupidificação

Neste momento da minha vida, o meu único desejo, aquele que vive bem cá no fundo das entranhas e me faria uma mulher de certo modo realizada e capaz de gritar de felicidade, ou correr nua pelas ruas do Porto, era dormir como se não houvesse amanhã!

Entretanto, como boa tuga que sou, vou de férias em Agosto. Não que eu quisesse, mas demoraria muito tempo a explicar e eu ando preguiçosa.

Acho que na altura em que me tiraram o dente, extraíram-me também parte do cérebro. Dou comigo a «colar» constantemente, sobretudo em frente à televisor, que por sua vez transmite programas estupidificantes de Verão.

E hoje rendi-me a esta capa de jornal, que eu considero como um grito de revolta envolto num rasgo de ousadia nos tempos que correm! Sim , cagões é uma boa palavra. Tenho dito!


sábado, 25 de julho de 2009

Ando a devorar isto:

«Um ambulância passou na rua por baixo de nós e imaginei quem iria dentro dela e o que lhe teria acontecido. (...) E que tal um aparelho que estivesse a par de toda a gente que nós conhecêssemos? Assim, quando uma ambulância passasse lá em baixo da rua, teria um grande sinal luminoso no tejadilho a dizer:

NÃO SE PREOCUPEM! NÃO SE PREOCUPEM!

se o aparelho da pessoa doente não detectasse por perto o aparelho de outra pessoa que a conhecesse. E se o aparelho detectasse o aparelho de alguém que o doente conhecesse, a ambulâncica podia apagar e acender com o nome da pessoa que ia dentro dela, e então mostrar

NÃO É NADA DE GRAVE! NÃO É NADA DE GRAVE!

ou, se fosse alguma coisa grave,

É GRAVE! É GRAVE!

E talvez fosse possível classificar as pessoas de acordo com o grau de amor que sentíssemos por elas, de modo que se o aparelho da pessoa na ambulâncida detectasse o aparelho da pessoa a quem ela amava mais, ou da pessoa que a amava mais a ela, e a pessoa na ambulância estivesse mesmo mal, e até talvez fosse morrer, a ambulância podia ter um letreiro a apagar e a acender que dissesse:

ADEUS! ADORO-TE! ADEUS! ADORO-TE!

Uma coisa agradável de pensar é em alguém que fosse a primeira pessoa numa série de listas de pessoas, de modo que quando estivesse a morrer, e a ambulância percorresse as ruas até ao hospital, iria todo o tempo a apagar e a acender

ADEUS! ADORO-TE! ADEUS! ADORO-TE! »


in "Extremamente Alto e Incrivelmente Perto", Jonathan Safran Foer

sexta-feira, 24 de julho de 2009

E de repente...

...sou uma mulher nova. A dor de dentes ou falta deles, passou! It's gone! Foi uma semana com cara de poucos amigos e de muitos Ben-u-ron's 1000mg.
Só vou ali dar saltos de alegria e volto já! Yuppi


segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dramatismos assumidos

Não. Não sou exagerada. Este fim-de-semana estive muito próxima do fim. Fiquei no limbo três dias. Três penosos dias de dor, sofrimento e agonia. Retiro tudo o que que disse sobre extracção de dentes. "Ai e tal, isso não doi nada!". É mentira. É a grande mentira do século XXI, a seguir ao Bin Laden.

Tenho de tirar mais três (todo saudáveis). Já fiz as contas. Tenho pouco tempo para despedir-me dos amigos e pessoas que conheço. Depois de Setembro tudo será diferente! Snif, snif!

sábado, 18 de julho de 2009

Barcelona es poderosa

Tardaram a chegar, mas aqui ficam as minhas considerações sobre essa cidade pela qual me apaixonei em três dias. Barcelona não pára. Nunca há silêncios nem espaço para a repetição. A cada esquina há sempre algo de novo e inesperado a acontecer. São ingleses, franceses, americanos, alemães, italianos, indianos, portugueses (claro!) e até japoneses. Há espaço para tudo e para todos. Las Ramblas é o melhor exemplo disso. Um corredor gigante. Um amontoado de pessoas que circulam para frente e pra trás, como que à deriva. A mim agrada-me as ruas estreias, que estão mesmo ali ao lado à nossa espera.

Há também um cruzamento de contemporaneidade e tradição. Uma cidade virada para as artes e que transpira cultura por todos os poros. Adoro a luminosidade e a cor de Guadí. Combinação mágica. Barcelona vive sem sombra de dúvida para o futuro, creio que isso se reflecte na cultura e no espírito das suas gentes. Se bem que não deu para perceber muito bem as tais "particularidades" dos catalães. Deve ser do mediterrâneo e das saias curtas.

No meu regresso a Barcelona, que espero que seja em breve, vou esquecer as atracções turísticas e partir agora para uma nova descoberta desta cidade...que nunca dorme!

P.S - Javier onde andavas tu que não te encontrei tio?

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Recuerdos de Barcelona

Sem tempo para grandes dissertações aqui seguem as primeiras de muitas imagens de Barcelona. Para mim a cidade perfeita!




Uma orientação invejável aqui da crew permitiu que a visita a Barcelona decorresse sobre rodas, neste caso do metro, que nos levou a todo o lado.




O ex-libris da cidade. A Sagrada Família vista de outra prespectiva.








Pelo ornamentado Parque Güell parte I. A obra maravilhosa de Gaudí.








Parque Güell parte II




Museu Picasso visto em menos de meia hora.




Ai que eu não deveria fotografar nos museus. Sou mesmo tuga. Fundação Miró.





A bela da Paella degustada ao pé da praia...me gusta mucho! Antes mesmo de ter pedido o um "coño pequeño", em vez de quero um gelado de cone pequeno. Mas depois lembro-me que bebi quase um litro de cerveja...




Mercado La Boqueria onde se encontra de tudo! O Bolhão ao pé disto é um mini-mercado.




Las Ramblas. Agitación todo o dia e toda a noite.






Las Ramblas II




Los Castellers...as chamadas torres humanas. Obrigada à jovem que nos meteu uma "peta" no metro. Foi uma feliz coincidência chegarmos no timing perfeito.




Casa Batlló. Caríssima. Fiquei-me pela fachada.








Mojitos à beira mar. Qualidade de vida, não?








Vassap! Eu sou rastafari man e ando pelas praias com um charro gigante! Yo! Tasse bien





E os episódios caricatos sucedem.



To be continued...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Nos próximos dias...

...vou perder-me aqui! Das mais variadas maneiras. Miró, Picasso, Gaudi.Não tentem encontrar-me. Sou perita em encontrar atalhos e ruas estreitas. Me voy!

Tigerman

Paulo Furtado + Asia Argento = a qualquer coisa muito doida. Ah e canto baixinho para ninguém perceber que desafino!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

on the river Douro



Domingo. A curar uma ressaca que estava fora dos meus planos. Sol. A excelente ideia de andar de gaivota no Rio Douro. Sendo que não era uma gaivota normal, era uma em forma de "pipa". A inevitável ligação com o alcóol. Sono. A pedalar encostada a uma pipa, ainda ressacada.
Se alguma vez me virem a fazer um disparate destes...Batam-me! Eu mereço.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Só me ocorre dizer isto...


O PCP só pode ser um grande partido. Se não fosse ele, ainda por cá andava Manuel Pinho... a pôr os "cornos" à nação!


quinta-feira, 2 de julho de 2009

Gostos

Gosto dos meus olhos. Gosto dos meus ombros. Gosto de ouvir música aos berros. Gosto daquela canção em Loop. Gosto de Antony & The Johsnons. Gosto de world music. Gosto dos fins de tarde. Gosto de conduzir com o braço de fora. Gosto de vozes bonitas. Gosto às vezes da minha voz. Gosto de rapazes morenos. Gosto de piropos inteligentes. Gosto da maresia. Gosto dos meus amigos. Gosto de beber finos no final do trabalho. Gosto de devorar pacotes de batatas fritas. Gosto de Pedro Almodóvar. Gosto de viajar. Gosto de pessoas genuinamente divertidas. Gosto de dizer disparates. Gosto de rebolar a rir. Gosto de sexo. Gosto de dançar músicas africanas. Gosto de malta de esquerda. Gosto de livros tristes. Gosto de felinos. Gosto da cor verde. Gosto das coisas simples e banais. Gosto. Gosto. Gosto...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

94 anos


Parabéns avó!

Road movie em sentido inverso

Chama-se «Home», em português Lar Doce Lar, e conta a história de uma família que vive junto a uma auto-estrada abandonada, numa espécie de paraíso perdido. Só que com a reabertura da estrada ao trânsito, a vida daquela família será invadida pelo ruído, o perigo, a poluição, medos e fobias.

Já faz muito tempo. Muito tempo mesmo, que não via um filme tão genuíno e tão intrigante. Daqueles que não se esquecem. Nunca mais. Estou rendida à realizadora Ursula Meier. Pasmei.