sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Calanques de Cassis, o paraíso existe

Há duas formas de chegar ao paraíso. Para os amantes da caminhada é só seguirem as setas, descendo um pequeno desfiladeiro que vos levará a Port Miou. Do porto meia-hora a pé até à primeira calanque, mas por favor, munidos de sapatilhas que não escorreguem! Os flip-flops podem neste dia ficar em casa. A caminhada é feita por um caminho tortuoso, mas que valerá o esforço. Palavra de quem já fez este percurso quatro vezes!!! O cheiro a pinheiros e o som dos megafones dos mini-cruzeiros marcam também esta paisagem, que a nossos olhos parece ainda intocável.

Se pensam que a caminhada parece tarefa árdua em dias de muito calor, não pensem que o kayake vai deslizar sozinho nas águas cristalinas. Pelo contrário, manobrar um kayake requer força de braços e está claro, alguma coordenação. Por isso, se alugarem um kayake de três lugares reservem o lugar de pendura para quem não possua tais qualidades.

Conhecendo ou não as leis da navegação, o importante é não se afastarem mais de 600 metros da costa, até porque é lá que se situa o nosso paraíso azul. Não descurando a beleza da primeira calanque, a segunda deixa-nos em silêncio contemplativo.

Demorem-se na água salgada e deixem-se flutuar neste refúgio natural inaudito...
 








quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Zenitar pela Provence


Sempre gostei de fotografia, mais de admirar do que tirar. Há poucos anos descobri a Zenit através de um amigo, o mesmo que me fez chegar às mãos o modelo soviético. Foi este verão e a primeira tentativa não correu nada mal (vá, com algumas aulas à distância). Para quem não sabia o que era a sunny 16 rule e um fotómetro, saí-me cá uma fotografa amadora com um bocadinho mais de classe. Assim, partilho convosco aquele que foi o primeiro resultado com zenit em punho. O objectivo eram os campos de lavanda de  Abbaye de Senanque, mas a vila de Gordes é igualmente encantadora e romântica. Uh là, là!

Penso que a melhor forma de chegarem à Abadia é mesmo de carro e deixem as janelas bem abertas para se deixarem inebriar pelo cheiro da lavanda. As plantações não são as de perder de vista, como aparecem nos postais, mas este é o cenário mais conhecido. Por isso há uma certa competição fotográfica no local só partilhada pelas abelhas que ali vêm buscar o seu néctar. Sim, porque o europeu e americano está cada vez mais parecido com o chinês/japonês.

Em Gordes, deixem-se passear pelas ruas deste vilarejo tão autêntico perdido nas planícies de Vaucluse...e se forem amantes de chapéus procurem no centro a loja que vende Panamás 100 % autênticos.

P.S -  Just in case levem sempre uma máquina digital de reforço.


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Nice/Saint-Paul de Vence




A minha passagem por Nice foi coisa de algumas horas. A minha sugestão é uma volta pela cidade-velha, mas mesmo obrigatória é a subida até à Colline du Château onde terão uma vista privilegiada sobre a Baía de Nice. Ah! Já percebi porque apelidam esta região de "Cote D'Azur"! A água, azul-turquesa, tem um efeito magnético.Eu gostava de fazer comparações entre a cor da água de Nova Caledónia ou Seychelles, mas por agora fico-me pelo sul de França e sem hotel de cinco estrelas.
 


A poucos quilómetros de Nice descobri outras villages circundantes que se revelaram bem interessantes, como foi o caso de Saint-Paul de Vence. Um burgo medieval que tem a particularidade de acolher dezenas de galerias e próximo a Fundação Maeght. É o destino ideal para o final de tarde, bisbilhotando os trabalhos dos artistas e artesãos, que trabalham ali mesmo de porta aberta. Mais tarde pelas minhas viagens na Provence pude comprovar que há outras vilas algo semelhantes, embora Saint-Paul de Vence seja por excelência o burgo dos artistas franceses. Vá, uma espécie de Miguel Bombarda em ponto grande, feita de pequenos pormenores que saltam à vista em cada ruela. Eu fiquei apaixonada, apesar de já em Maio os turistas serem mais que muitos e eu só mais uma.





Let's start

Na Provence faz sol mais 300 dias por ano, sobram 65 e este é um deles. Por isso, e sem a possibilidade de ir à praia ou uma qualquer esplanada decidi ficar por casa a tentar reanimar este blog. Se bem que eu acho que já vai tarde, mas não custa tentar. E aqui na Provence o que não falta é tempo. Portanto, recomecemos!