I'm back!

O meu sonho era trabalhar ao lado de um Nélson Évora ou um de um Patrick Dempsey, que me trouxessem o pequeno-almoço à secretária todas as manhãs, de preferência vestidos apenas com um avental, e me dissessem coisas bonitas como: "Adoro esse teu jeito profissional...princesa!" (Tal qual como no anúncio). Mas como se passa exactamente o contrário, o que eu gostava mesmo era que me oferecessem este manual de sobrevivência/auto-ajuda!

A culpa é da vontade

Ando com preguiça ultimamente. Acordar às 5h30 da manhã e começar a bulir às 7h da matina não ajuda muito. E dou comigo a abrir uma posta, estalar os dedos para escrevinhar, mas o meu cérebro fica pesadíssimo. E vou pensando no que vou escrever. Bocejo vezes sem conta. Fecho a janela do blog. Volto a bocejar. Penso que é Agosto e ninguém anda por cá. "Então para quê perder o meu tempo a postar?". Voltamos em Setembro. O mais tardar.

Silly Season

Domingo foi um dia chato.
Segunda foi um dia chato.
Terça e quarta serão dias ainda mais chatos.
Agosto é chato.
A vida é uma chatice.

A Janela em Frente

Itália sempre foi o país ideal para as histórias de amor, mesmo aquelas que acabam mal. Em A Janela em Frente há duas gerações que se cruzam. Duas histórias de amor. Dois finais irremediavelmente tristes. Um velho homem que perde a memória e anda perdido pela cidade até ser resgatado por um jovem casal que o acolhe. O homem só se lembra de um nome: Simone, que outrora foi o amor da sua vida. Vamos juntando todas as peças do puzzle até descobrirmos que Simone era afinal um homem.

Do outro lado, está Giovanna, casada e com filhos. No entanto, amargurada com a vida. Sonha em ter a sua própria pastelaria. Vive os dias a espreitar a janela em frente, onde mora um belo rapaz e por quem nutre uma espécie de amor prestes a materializar-se.

Moral da história: Não te contentes em sobreviver!

Andamentos

Isto tem estado algo parado, hein? Ao contrário, eu tenho andado num rodopio. Na última semana estive pelo Andanças a saltitar. Começava às quatro da tarde e acabava às quatro da manhã. Foi duro, devo confessar. Ver aqueles professores de Tango Argentino (verdadeiras bombas de sensualidade) ou então na secção África, os neguinhos a kizombar. Foi muito duro (suspiros). Foi uma semana deveras cansativa.

Este era o professor de funk...Take a look.




(Também foi muito duro assistir às aulas dele)

Fiquei fã do Andanças. Primeiro porque a pequena aldeia de Caravalhais é um paraíso perdido no meio da serra. Em segundo, porque se vive um ambiente descontraído. Harmonia mundial, mano. E em terceiro, mais do que os festivais de música, em que apenas se assiste a concertos e se mete cerveja para o bucho, no Andanças fazemos alguma coisa. Não se fica só a olhar. Os corpos movimentam-se e até os pés de xumbo pedem ajuda, mas não ficam parados.

Acho que é esta a fórmula de sucesso do Andanças. Em que se anda de caneca ao pendurão na cintura para não usar copos de plástico, em que tomamos banhos refrescantes no meio do recinto sem saber onde vem a água (passado um dia, lá descobri que havia chafarizes instalados ao pé das tendas) e em que as noites acabam por norma na tenda seis a dançar kizomba ou músicas do falecido Michael Jackson.



Entretanto, acho que tenho uma certa queda para o Tango, alguma para as danças cabo-verdianas e quase nenhuma para as sevilhanas. Falei durante toda semana inglês e quando ficava cansada, resignava-me ao silêncio ou ao sorriso. Houve uma vez, em que fui ao bar e pedi um maço de tabaco em inglês. Foi algo de espantoso, logo a seguir à proeza de demorar quase 5 horas a montar duas tendas, sendo que foi preciso ajuda de terceiros. O nosso vizinho Luís, um santo, e que andava à rasca de dinheiro. Ouvi-o por várias vezes a fazer ultimatos aos pais para lhe trasnferirem dinheiro pra conta. Fiquei com pena depois do que ele fez por nós. Quatro pobres raparigas, sendo que duas nunca tinha acampado na vida. Mas estamos em crise, meu caro!

Depois desta semana de campismo estou pronta para a guerra. E agora de volta ao trabalho! É como diz o meu professor de Danças de novas raízes africanas: "Brincadeirinha tem hora, minha gente!"

A menina dança?

E eis que chegou o dia! Estou oficialmente de férias e de papo para o ar. Se bem que desta vez não estou entusiasmada como é costume. Será por ser Agosto? Será por ficar em Portugal? Será por não ter os amigos por perto?

No entanto, e mesmo fazendo férias cá dentro, vou passar o tempo a falar em inglês. O que não deixa de dar um toque internacional às minhas vacaciones. Ora, estarei acompanhada por duas turcas e uma italiana, que segundo dizem têm muita facilidade em fazer amigos. Deverei ficar com medo? Hmmm.

Junte-se a isto, uma semana em que vou finalmente aperfeiçoar os meus passos em danças Cabo-Verdianas e Tango Argentino. Danças muito sensuais, eu sei. E espero sinceramente que o meu par seja um deus grego. Depois logo decidirei se me meto no Semba e no Kizomba, mas isso é outro campeonato que ainda não consigo acompanhar.

Coisas que quero aprender, mas não faço ideia o que sejam. O que raio são as Danças da Quatro Províncias Italianas ou as Danças Bretãs? Confesso que estou curiosa e que o mais difícil será escolher. Em suma, esta semana vou pisar muitos pezinhos! E vou rir-me muito com as minhas figurinhas. Prometo voltar revigorada e com vontade de postar mais! Boas férias pra mim mesma. Fui minha gente!